quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Desencarne em Brumadinho

Sobre o desencarne coletivo em Brumadinho

Agora a pouco enquanto eu meditava, abriu em minha tela mental a imagem de Brumadinho e começou um trabalho intenso no local junto aos meus mentores. Logo em seguida,recebi outra mensagem da minha Mentora.

"Estamos em um trabalho intenso junto àquelas pessoas que desencarnaram em Brumadinho. São milhares de espíritos benevolentes unidos em uma corrente de amor ajudando no resgate de almas e também no resgate dos corpos. Juntos conseguimos mais, juntos damos força ao pessoal em Terra que também sofrem com tamanha tragédia. Estamos o tempo todo ao lado dos bombeiros, dos socorristas colocando nossa Luz para que os olhos deles enxerguem além e vejam o que devem ver. Estamos colocando Luz também nos familiares que agonizam a dor da perda de seu ente querido. Não queremos que vejam este desencarne coletivo com pena, com dó daqueles que se foram! Claro que há comoção, mas eles necessitam neste momento que os vejam como missionários da Luz, como heróis! Sim, heróis que vieram com o compromisso de desencarnarem juntos e mostrar ao Brasil e ao mundo que algo precisa mudar. Essa "tragédia" irá mostras que os valores precisam ser revistos, o que antes era uma prioridade para as empresas como o lucro e os valores financeiros arrecadados, serão revistos e soarão muito mal àquelas empresas que insistirem em colocar o dinheiro em primeiro lugar! Tudo estava acordado com aquelas almas que desencarnaram! Todas estavam preparadas este dia! Ainda existem muitos perdidos no local, mas aos poucos todos estão sendo reorientados e lembrados do seu compromisso com o progresso da humanidade através do seu desencarne.
Pedimos que não chorem, não sintam dó ou pena. Apenas olhem para eles como heróis que nesse momento estão recebendo todo o conforto que merecem após o seu desencarne. Orem pelos familiares! Que se faça chegar esta mensagem até eles, pois de alguma forma isso os confortará!
Ah não esqueçam de nós! Também precisamos de luz e Amor emanado ao local, isso facilita o nosso trabalho. Aqueles que se sentirem preparados imaginem um rio de cor violeta passando pelo local, são as águas da limpeza tão necessária àquele ambiente. Tudo voltará a ser como antes, a mãe Terra e a humanidade farão com que aquela região volte a florescer novamente.
Todos estão aprendendo com esta tragédia, todos! Cada um envolvido aprendeu ou aprenderá algo!
Lembrem-se do não julgamento aos filhos que de alguma forma tem responsabilidade pelo acontecido. Eles são filhos de Deus! Cabe a Justiça da Terra julgá-los! Para eles enviem luz, calma  amor, sabedoria e discernimento. Existem pessoas e familiares desses homens que também sofrem neste momento! Por isso compaixão é o sentimento mais nobre que vocês podem transmitir a eles! Não esqueçam compaixão por todos!
Fiquem com Deus!
Não se deixem enganar pelas emoções! Olhem além, olhem seus amados irmãos como heróis, como missionários da Luz!"

Eu sou Iemedara!

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Jair vai cair?

Está repercutindo nas redes sociais coluna do jornalista Luis Nassif, dizendo ter certeza de que Jair Bolsonaro vai cair e será substituído por Hamilton Mourão, com apoio do empresariado.
É só uma questão de tempo, Nassif sustenta.
A opinião é polêmica. Mas revela o tamanho do desgaste do presidente Bolsonaro.
Aliás, o próprio Carlos Bolsonaro insinua nas entrelinhas que Mourão torceria pela morte do pai na cirurgia,

Trecho da coluna:
Durante a transição, Mourão se tornou o interlocutor preferencial dos empresários pelo fato de ser dos poucos focos de racionalidade dentro do governo.

Teve o bom senso de desqualificar as maluquices de Bolsonaro com a tal missão militar norte-americana, com as pretensões lunáticas do chanceler de invadir a Venezuela. Ou a intenção de mudar a embaixada de Israel para Jerusalém.

Após o anúncio da desistência do deputado Jean Willys de assumir o mandato, devido às ameaças recebidas, proclamou que a ameaça a um deputado é atentado contra a própria democracia.

Imediatamente ganhou status de presidenciável junto aos setores mais racionais.

Mas, ao mesmo tempo, foi o interino que assinou um decreto que, na prática, acaba com a Lei da Transparência. O decreto faculta a qualquer funcionário comissionado (isto é, indicado pelo governante de plantão) decretar sigilo para informações requeridas. Hoje em dia, a responsabilidade pelos dados é de Ministros. Estendendo a todos os comissionados, ficará fácil o jogo das gavetas, esconder informações com a censura sendo diluída por vários responsáveis.

Alegou que pretendia apenas desburocratizar. E que a responsabilidade final seria do Ministros. Aventou-se também a hipótese de que eram demandas antigas do Itamaraty e das Forças Armadas. Nenhuma desculpa convincente e todas elas sem respaldo no texto do decreto.

Ao mesmo tempo, surge a proposta do Banco Central de afastar o monitoramento, pela COAF, de parentes de políticos. Mais uma vez, desculpas inverossímeis, de que a medida visava adaptar o país a práticas internacionais contra corrupção. Ora, os parentes são os candidatos naturais a laranjas dos corruptos.

Essas medidas foram anunciadas depois do escândalo Flávio Bolsonaro, passando a suspeita de que Mourão poderia estar se envolvendo para além da prudência na blindagem do primeiro filho de Jair.

Em outros tempos, Mourão já fez críticas duras ao Supremo, chamou o torturador Brilhante Ustra de herói, defendeu o auto-golpe.

Será quase inevitável a substituição de Bolsonaro por Mourão em um ponto qualquer do futuro. Enquanto, em público, Bolsonaro parece um lagarto assustado, Mourão é senhor de si.

A dúvida que fica é sobre a natureza de um eventual governo Mourão.

Do ponto de vista de mercado, significaria dar chão firme para as formulações econômicas de Paulo Guedes. No plano internacional, significaria tirar o país do centro da galhofa mundial. Mas não se espere nenhum compromisso mais aprofundado com valores democráticos.

domingo, 27 de janeiro de 2019

Mourão assume presidência

#GraçasAdeusOdiaboMeLibertou

Está repercutindo nas redes sociais coluna do jornalista Luis Nassif, dizendo ter certeza de que Jair Bolsonaro vai cair e será substituído por Hamilton Mourão, com apoio do empresariado.
É só uma questão de tempo, Nassif sustenta.
A opinião é polêmica. Mas revela o tamanho do desgaste do presidente Bolsonaro.
Aliás, o próprio Carlos Bolsonaro insinua nas entrelinhas que Mourão torceria pela morte do pai na cirurgia,

Trecho da coluna:
Durante a transição, Mourão se tornou o interlocutor preferencial dos empresários pelo fato de ser dos poucos focos de racionalidade dentro do governo.

Teve o bom senso de desqualificar as maluquices de Bolsonaro com a tal missão militar norte-americana, com as pretensões lunáticas do chanceler de invadir a Venezuela. Ou a intenção de mudar a embaixada de Israel para Jerusalém.

Após o anúncio da desistência do deputado Jean Willys de assumir o mandato, devido às ameaças recebidas, proclamou que a ameaça a um deputado é atentado contra a própria democracia.

Imediatamente ganhou status de presidenciável junto aos setores mais racionais.

Mas, ao mesmo tempo, foi o interino que assinou um decreto que, na prática, acaba com a Lei da Transparência. O decreto faculta a qualquer funcionário comissionado (isto é, indicado pelo governante de plantão) decretar sigilo para informações requeridas. Hoje em dia, a responsabilidade pelos dados é de Ministros. Estendendo a todos os comissionados, ficará fácil o jogo das gavetas, esconder informações com a censura sendo diluída por vários responsáveis.

Alegou que pretendia apenas desburocratizar. E que a responsabilidade final seria do Ministros. Aventou-se também a hipótese de que eram demandas antigas do Itamaraty e das Forças Armadas. Nenhuma desculpa convincente e todas elas sem respaldo no texto do decreto.

Ao mesmo tempo, surge a proposta do Banco Central de afastar o monitoramento, pela COAF, de parentes de políticos. Mais uma vez, desculpas inverossímeis, de que a medida visava adaptar o país a práticas internacionais contra corrupção. Ora, os parentes são os candidatos naturais a laranjas dos corruptos.

Essas medidas foram anunciadas depois do escândalo Flávio Bolsonaro, passando a suspeita de que Mourão poderia estar se envolvendo para além da prudência na blindagem do primeiro filho de Jair.

Em outros tempos, Mourão já fez críticas duras ao Supremo, chamou o torturador Brilhante Ustra de herói, defendeu o auto-golpe.

Será quase inevitável a substituição de Bolsonaro por Mourão em um ponto qualquer do futuro. Enquanto, em público, Bolsonaro parece um lagarto assustado, Mourão é senhor de si.

A dúvida que fica é sobre a natureza de um eventual governo Mourão.

Do ponto de vista de mercado, significaria dar chão firme para as formulações econômicas de Paulo Guedes. No plano internacional, significaria tirar o país do centro da galhofa mundial. Mas não se espere nenhum compromisso mais aprofundado com valores democráticos.

Gilberto Dimenstein

#PraCaComEsseNegocio

Vale, barragem

Bandido bom é bandido de empresa privada que pratica crime ambiental e não vai preso e que ainda por cima tem como aliado um presidente que defende flexibilização de legislação ambiental

"Em qualquer país sério agentes públicos responsáveis e os executivos da empresa estariam presos. No mínimo a companhia já deveria ter pago multas bilionárias, o que não ocorreu. Aqui os envolvidos posam como se uma tragédia anterior não tivesse ocorrido", escreve Francisco Câmpera

https://brasil.elpais.com/brasil/2019/01/27/opinion/1548547908_087976.html

#NãoToFalando

sábado, 26 de janeiro de 2019

Ameaça de Jean Willys

Sobre 'ameaça de morte'

#MorteAosPoliticosCorruptosDoBrasil

Devido as ações equívocadas sobre a criminalinalidade nas duas últimas décadas, acentuadas nos últimos dez anos, todos os brasileiros, principalmente os moradores das capitais estão sob 'ameaça de morte', o número exagerado e descontrolado de homicídios mostram essa ameaça.

Um parlamentar, como o deputado Jean Wilys, usar esse pretexto 'ameaça de morte' para renunciar ao mandato e fugir do país é falso, mentiroso e covarde por dois motivos, o primeiro que como parlamentar goza de recursos financeiros (alto salários e verbas) e policiais (proteção privilegiada com seguranças), portanto é, no mínimo, contraditório. Segundo que, sendo um parlamentar que em seus dois mandatos foi extremamente agressivo e intimidador, sendo essa também uma contradição ao sair correndo na primeira "ameaça", e mais, expõe automaticamente à falsidade de sua atuação. Há mais um ponto, esse atesta sua covardia e mostra ser um engodo, pois sendo parlamentar (com autoridade e poderes) ao ser ameaçado deveria como agente público, usar de seus poderes para agir legal e oficialmente contra a ameaça, e não sair correndo, chorando, fugindo...

Tenho pra mim, e as evidências (fuga, seu substituto, péssimo desempenho parlamentar, esquizofrenia, eleição aos 16 minutos do segundo tempo da prorrogação, etc) apontam para uma farsa. A mesma farsa a qual a esquerda é craque. Mas quanto ao menino fujão, não causa surpresa aos mais atentos, essa encenação esfarrapada. O q causa estranheza, e isso sim é preocupante, é, diante da "ameaça" e fuga do parlamentar, a imprensa/mídia e muitos senhores da democracia alarmar uma gravidade, sendo que o grave é a covardia de um parlamentar agressivo inclusive, fugir na primeira latida em sua direção e, usarem um termo sério, exílio, para um político fujão sem nenhum elemento que possa, ao menos, endossar tal criação esquizofrênica.

Por outro lado, dados não oficiais, mostram que a encenação é na verdade, para escapar da Justiça que está a poucos metros de desvendar atuações suspeitas e criminosas. Seja como for, é um covarde, farsante... ou como diriam la na vila da minha boa infância um "bunda-mole" ou "peão no xadrez do mal" como diziam numa das confrarias de minha adolescência.

Em tempo, acrescentando: estão alarmando o absurdo de um parlamentar estar sendo ameaçado (por emails/redes sociais) e, ao mesmo tempo, muito grave foi um atentado real a um candidato a presidência, e que está muitas vezes mais ameaçado, e não houve/há tamanho mímimi, tb não houve fuga, ao contrário. Os grandes são grandes, os chorões são só chorões Só pra constar.

Odilon Gomes

#PraCaComEsseNegocio

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Privatização dos presídios

Doria diz que vai se inspirar no modelo dos EUA para privatizar presídios paulistas, mas ignora completamente os graves problemas que esse modelo já apresentou.

Em 2016, um dos últimos atos de Obama foi, justamente, editar uma norma para acabar com os presídios federais privados. Na época, esse modelo privatizado estava rodeado por denúncias de tortura e venda de sentenças por juízes para garantir o lucro das empresas que gerenciavam os presídios.

É o que acontece quando o Estado transforma presos em mercadoria. Quanto mais se prende, mais se lucra, pouco importando se isso irá contribuir ainda mais para que a criminalidade aumenta.

Em SP, onde anos de negligência do PSDB criaram a maior facção do país, a medida de privatizar presídios equivale a apagar incêndio com gasolina.

Precisamos de uma política de desencarceramento que pare de colocar no colo das facções jovens vulneráveis e sem perspectiva que tenham cometido pequenos delitos. Precisamos descriminalizar as drogas para quebrar o poder econômico das facções e tratar adequadamente desse que é um tema de saúde pública.

Mas Doria não está interessado em soluções. Doria está interessado em lucro....

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Zona franca de Manaus

Prossigo a série de artigos sobre o Polo Industrial de Manaus – PIM. Penso que o presidente haverá de enviar, em fevereiro, um leque de reformas estruturais para exame pelo Congresso Nacional. Aliás, ou age com esse sentido de urgência ou terminará não promovendo as mudanças de que carece nossa economia.
     Daí o interesse que tenho, como cidadão amazonense e prefeito de Manaus, em ver estabelecida a compreensão brasileira sobre o parque industrial que sustenta meus conterrâneos, colabora com o Brasil inteiro, gera empregos a granel em São Paulo e tem sido responsável pela manutenção da floresta em pé.
     Confesso que me entristece  saber que pessoas cultas, densas, preparadas, fecham os olhos para a região mais estratégica do Brasil e, seguramente, uma das mais estratégicas do planeta. Porque uma coisa é reconhecer que o PIM está em crise e enfraquecido, com certos polos ameaçados de cair em obsolescência; outra, bem diferente, é repudiar o modelo pura e simplesmente, como se incentivos fiscais tivessem sido inventados especialmente para Manaus. Como se desconhecessem que as principais fortunas deste país conhecem bastante bem os socorros que, não raro, lhes têm prestado os cofres públicos. Pensem num só grupo econômico tradicional paulista que não tenha crescido a peso de benesses oficiais. Basta que me digam um só. E olhem que me estou referindo apenas à possibilidade de “favores” legais. Não preciso ir mais longe do que isso.
     Confesso que me deprime notar que pessoas de currículos admiráveis não conseguem sentir que o futuro brasileiro passa necessariamente pela Amazônia: pela parceria que levaria a resultados sociais e econômicos formidáveis...ou pela atitude canhestra de misturar o joio e o trigo, como se fosse justo cortar, de hora para outra, todos os subsídios, os bons e os ruins, sem atrair consequências graves para o país. E olhem que não me refiro aos incentivos fiscais consagrados à Zona Franca de Manaus – ZFM - na Constituição de 1988. Refiro-me aos subsídios fúteis, com cheiro de negociata; aos descartáveis, por não resolverem problema algum e, obviamente, aos que cumprem papel justo e valioso.
     A ZFM, que cumpre o papel nobre de enfrentar a ânsia de desmatamento, sustenta a floresta viva, colabora com o povoamento das fronteiras, abre mão de explorar minérios valiosos que a natureza lhe presenteou...sem receber o reconhecimento nacional justo e sem receber recompensa econômica verdadeira de um mundo que precisa da nossa cobertura florestal para sobreviver. Que precisa da nossa água, que será talvez o bem mais precioso de todos, já na segunda metade deste século, escasso em todo lugar, farto e tão generoso aqui, já na segunda metade do século 21.
        Confio no que serão capazes de fazer os parlamentares da minha terra. Saberão articular saídas hábeis. Argumentarão com o peso de quem conhece a face verdadeira da moeda. Não se curvarão ao preconceito e nem a opiniões monótona e monoliticamente encrustadas em cérebros que temos o dever de alertar.
          Nosso dever é convencer... fazer o Brasil vencer ao nosso lado. A ZFM precisa de ajuda e não de algozes. De parcerias corajosas (prestem atenção à rica biodiversidade à disposição de quem for lúcido e ambicioso por um Brasil equânime). De reformas e investimentos em sua infraestrutura. De preparação efetiva (serve para o país todo) para a quarta revolução industrial.
        Creio no que ora afirmo. E anseio por um diálogo aberto, que não comece com um final cansado previamente definido.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Reforma do Brasil


janeiro 21, 2019

Ministro SÉRGIO MORO.

#NãoToFalando

Olha a Proposta do Dr. Sérgio Moro, para o nosso pais.

Grandiosa.

Viva o Brasil.

Viva as gerações futuras.

Avante Brasil.

Brasileiros:
o Brasil clama por mudanças patrióticas.

Carta publicada pelo Juiz Sergio Moro da Operação Lava-Jato (2018🇧🇷).

✅QUE VENHA UM REFERENDO:

✳ Voto facultativo? SIM!
✳ Apenas 2 Senadores por Estado? SIM!
✳ Reduzir para um terço os Deputados Federais e Estaduais e os Vereadores? SIM!
✳ Acesso a cargos públicos exclusivamente por concurso, e NÃO por nepotismo? SIM!!!
✳ Reduzir os 39 Ministérios para 12? SIM!
✳ Cláusula de bloqueio para partidos Nanicos de aluguel e sem voto? SIM!
✳ Férias de apenas 30 dias para todos os políticos e juízes? SIM!
✳ Ampliação do Ficha-limpa? SIM!
✳ Fim de todas as mordomias de integrantes dos três poderes, nas três esferas, Tribunais de Contas e Ministérios Públicos? SIM!
✳ Cadeia imediata para quem desviar Dinheiro Público elevando-se para a categoria de Crime Hediondo? SIM!.
✳ Atualização dos códigos penal e processo penal? SIM!
✳ Fim dos suplentes de Senador sem votos? SIM!
✳ Redução dos 20.000 funcionários do Congresso para um quinto? SIM!
✳ Voto em lista fechada? NÃO!
✳ Financiamento Público das Campanhas? NÃO!
✳ Horário Eleitoral obrigatório? NÃO!
✳ Mandatos com 5 anos, para todos os cargos, e sem direito a reeleição? SIM!!!
✳ Eleições Diretas e Gerais de 5 em 5 anos? SIM!!!
✳ Um BASTA! na politicagem rasteira que se pratica no Brasil? SIM !!

✅ O dinheiro faz homens ricos; o conhecimento faz homens sábios e a humildade faz homens grandes.

#ÉissoFaleiFoiDitoTaFaladoTaPublicado

👏

#ÉdissoQueToFalando

domingo, 20 de janeiro de 2019

Promessas presidenciais

O que tem prometido nossos presidentes

ESTÃO CUMPRINDO SUAS PROMESSAS?

Sobre promessas presidenciais

João Figueiredo prometeu iniciar uma transição e retornar o país aos civis. Cumpriu. José Sarney não prometeu nada, deixou apenas correr solto a presidência que não era sua e que tb não era do 'presidente' Tancredo Neves, morto antes de ser empossado. Aliás nessa mutreta conhecida como "indiretas" começou a parafernália chacrinzista que durou até dias atrás. Fernando Collor prometeu acabar com os marajás, mas difícil alguém acabar com a própria "raça", se marajolou ladeira abaixo. Itamar Franco não prometeu nada mas liderou o Real -diga-se de passagem, o único e maior projeto político decente e de promoção social total dos últimos cem anos no país. Fernando Henrique prometeu, prometeu, prometeu... e privatizou, privatizou... na bacia das almas, mas privatizou, o dinheiro ninguém sabe, ninguém viu, mas privatizou. Depois veio Lula, prometendo o céu, o inferno, o purgatório, o Olimpo com todos seus inquilinos, Asgard, Kripton, o Asteroide B612, o triângulo das Bermudas... não entregou nada, apenas retirou, saqueou, conduziu-nos ao inferno. Dilma Roussef, prometeu emprego, moradia, luz, porto, ponte, asfalto... fez, fora do Brasil, para os parças. Michel Temer, não prometeu nada, administrou (muito bem inclusive, que se registre) o caos, e evitou a altos custos sua prisão. Agora temos aí, Jair Bolsonaro que prometeu a posse de arma, despetizar o Brasil, abrir a caixa preta do BNDES, fiscalizar as ONGs, acabar com demarcação de terras indígenas, acabar com o toma-la-da-cá, fazer o Brasil crescer etc... faz dezoito dias que assumiu, já começou a cumprir tudo. Ah, mas e o Queiroz?, a indicação do filho do Mourão?, o disse e depois desdisse?, o plano de governo que a gente não sabe?... "ah, esse governo tá demorando pra mostrar a que veio", "ah, precisam sair da campanha, que já acabou", ah... ah... ah...

Gostei presidente, seu ministro (que V.S. escolheu sem negociatas) já suspendeu repasse de verbas pras ONGs, um outro ministro já exonerou centenas de funcionários de cabides de empregos, um outro ministro já começou a limpeza e eficiência nos bancos estatais - BNDES, Caixa, BB. Outro ministro já mandou fazer um pente-fino no INSS, o posse de arma (tímido é verdade) já esta decretado... e a gasolina até abaixou um pouco.

Observando as promessas presidenciais que acompanhei em minha vida, só o General cumpriu e só o Capitão está cumprindo. Acho que tem alguma coisa errada com o Exército, tá andando meio fora do padrão, ou como diria os estatísticos, está fora da curva.

Odilon Gomes

#éDissoQueToFalando

sábado, 19 de janeiro de 2019

Segurança e o Jair


Onde a segurança pública vai desafiar Bolsonaro

Altas taxas de criminalidade fazem da segurança pública um teste de resistência para o governo federal. Celebrado como herói anticorrupção por parte da população, ministro Sergio Moro terá missão difícil.

Ônibus e bancos incendiados, bombas na coluna de um viaduto – nos primeiros dias do ano, no Ceará, facções criminosas mediram forças com o governo estadual, que, antes da onda de violência, havia anunciado medidas contra a entrada de telefones celulares em presídios e mudanças no sistema prisional.

Nas penitenciárias, líderes de grupos criminosos realizam seus negócios com tranquilidade por telefone, meio pelo qual também emitiram ordens para os ataques. Estes seriam uma represália ao anúncio do governo estadual de querer pôr fim à divisão carcerária por facções. Atualmente, cada presídio no Ceará recebe criminosos de uma facção criminosa. Os ataques ocorreram depois de o recém-empossado governador, Camilo Santana (PT), ter anunciado que uma das prioridades de seu segundo mandato seria endurecer o sistema carcerário.

A situação no Ceará se tornou um caso para Sergio Moro, o ex-juiz federal que se tornou o rosto mais conhecido da Operação Lava Jato e condenou à cadeia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O atual ministro da Justiça no governo do presidente linha-dura Jair Bolsonaro não assumiu apenas a responsabilidade por uma das principais bandeiras do novo presidente, o combate à corrupção, como também pela segurança pública. Sua primeira medida foi enviar a Força Nacional ao Ceará.

Moro está diante de uma tarefa enorme. Com mais de 63 mil assassinatos por ano, o Brasil é um dos países mais violentos do mundo. Em vários estados, as autoridades, assoladas por crises financeiras, estão perdendo o controle, enquanto o crime organizado se alastra. Os traficantes de drogas do Brasil são players internacionais, e o aparato de segurança, cheio de funcionários públicos corruptos, não consegue enfrentá-los. Milícias lideradas por policiais corruptos dominam áreas pobres, enquanto as facções controlam os presídios.
Combate ao crime organizado e facções

Moro conseguirá combatê-las? "A gente ainda não viu o plano de governo para essa área para dizer sim ou não", observa Melina Risso, da ONG Instituto Igarapé. "Tudo o que ouvi, durante a campanha, eram palavras de ordem, sem a gente entender, efetivamente, o que será feito. Eram sempre palavras de ordem, mas a gente não viu um plano efetivo, não tinha um plano para a segurança pública", acrescenta a doutoranda em Governo e Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Bolsonaro prometeu apenas colocar Moro no caminho do dinheiro das facções e liberar as armas de fogo para os "cidadãos de bem" poderem fazer sua "legítima defesa". Risso destaca que estudos mostram que mais armas não significam menos, mas mais violência. "Insistir no erro não me parece ser a melhor forma da gente resolver esse cenário", afirma.

Onda de violência no Ceará: primeiro desafio do governo Bolsonaro na Segurança Pública

No final de 2018, o Instituto Igarapé elaborou uma lista de prioridades para a segurança pública. No topo da chamada Agenda de Segurança Pública É Solução, está a redução de crimes violentos e o enfrentamento do crime organizado, explica Risso.

A organização apoiou a iniciativa do então presidente, Michel Temer, de criar o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), cujo objetivo é a integração das polícias e dos sistemas de segurança do país sob coordenação do governo federal, incluindo o Congresso e a Justiça no processo.

Criado em fevereiro de 2018, o Ministério da Segurança Pública ficou encarregado da coordenação do Susp. Mas Bolsonaro passou a nova pasta para o atual Ministério da Justiça, comandado por Moro. "Isso já foi desmontado, a própria estrutura, como prioridade da segurança. Isso de fato retrocedeu. Então volta a ser Ministério da Justiça e Segurança Pública. Mas, de novo, é uma pasta onde não tem a segurança como prioridade.", conclui Risso.

Sem uma integração das autoridades de segurança e do compartilhamento de informações entre polícias e estados, fica difícil combater a violência, diz ela. "Todo mundo andar na mesma direção de fato é o elemento número um para a gente conseguir ter alguma efetividade."

Mas a realidade é outra. "Todas as polícias no Brasil são profundamente corruptas. É apenas uma questão de graduação. A gente sabe, infelizmente, essas variadas forças policiais são muito contaminadas pela corrupção", diz a socióloga Julita Tannuri Lemgruber. "E, por isso, as polícias no Brasil não confiam uma na outra." Lemgruber diz ter saído chocada de várias reuniões entre forças de segurança nos últimos 30 anos. "Como a gente pode funcionar num país em que as polícias não confiam umas nas outras?", questiona.

"Fechando a torneira"

Seria necessário atacar a fonte financeira das milícias lideradas por policiais corruptos e que controlam muitas favelas no Rio, fechando a torneira das fontes de receita e bloqueando suas contas, diz a socióloga. Além disso, comandantes das polícias poderiam simplesmente observar o padrão de vida de seus funcionários, por exemplo com que veículos eles se deslocam para o trabalho, como indicador de corrupção. "O salário deles é compatível? Como é que você adquiriu esse veículo? É uma coisa tão óbvia, chega lá e vê! Vamos olhar se os bens que eles têm são compatíveis com os salários deles. É tão simples", indica.

Lemgruber ainda espera que as relações entre as milícias e a classe política do Rio finalmente venham a público, mas diz ter pouca esperança de que isso vá acontecer. Por outro lado, "a gente está muito dominado pelos casos do Rio de Janeiro. É importante deixar de olhar e pensar que toda a polícia é ruim", diz, por sua vez, Risso. Em outros estados, como São Paulo, houve êxitos na limpeza da polícia.

"Os mecanismos de controle interno, uma corregedoria atuante, efetiva, técnica e preparada, uma atuação forte do Ministério Público tendo uma priorização para estes casos. Aqui em São Paulo tinha um processo de 'saída rápida' – quando você descobre um caso de corrupção e você expulsa essa pessoa rapidamente das forças", enumera a ex-diretora do Instituto Sou da Paz. "Senão, você coloca em xeque toda a segurança pública. As pessoas deixam de confiar na polícia", explica.

Sistema carcerário e maioridade penal

Outro desafio é a superlotação dos presídios, cuja situação se assemelha a calabouços da Idade Média. Mais de 700 mil presos estão detidos nos estabelecimentos penais brasileiros, onde faltam cerca de 350 mil vagas, frequentemente em condições desumanas. "As facções que a gente tem no Brasil nasceram dentro do sistema penitenciário, quase como uma resposta às más condições do próprio Estado", recorda Risso. " A pessoa presa, ela precisa se filiar a uma facção, para ter seus direitos básicos garantidos. Com direito básico, digo 'direito à vida'", afirma. No início de 2017, houve diversos massacres entre facções inimigas em várias penitenciárias do país.

Cerca de metade dos detentos nem mesmo foi condenada pela morosa Justiça brasileira. E muitos dos presos foram detidos com quantidades pequenas de entorpecentes. "A gente tem um processo de encarceramento muito elevado, e muitas vezes de pessoas que nem precisam estar nas prisões. Então, a gente precisa repensar nosso modelo de punição no Brasil. As pessoas continuam na lógica de que a única forma e a única resposta para a violência é o endurecimento penal", avalia Risso.

Mas Bolsonaro prefere apostar no endurecimento das penas e na redução da maioridade penal, que atualmente é de 18 anos, para 17 ou até 16 anos de idade. Um equívoco, aponta Risso: "Na verdade, estamos facilitando o recrutamento pelo crime organizado.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Criminalidade

Sobre criminalidade

#ÉissoVamosFalarSeraDitoTaFalado

Odilon: Não tenho nada contra a posse de arma, tb não tenho nada a favor.
Joaniro: sou contra porte e posse de armas, são perigosas não confio nas pessoas que as têm, até mesmo as autoridades.
Odilon: Nunca pensei em ter uma arma. Mas confesso que me tranquiliza saber que tenho, em posse de uma arma, possibilidade de me defender. Não pretendo ter uma arma, mas tb não descarto a possibilidade, não está entre minhas prioridades e ou lista de desejos.
Joaniro: já quis ter uma arma e já tive, também achava que ficaria tranquilo protegido, mas com o tempo aprendi que talvez tenha que matar alguém em uma situação, e sou contra assassinato. Penso que hoje me encontro em um estado espiritual onde estou livre de assaltos desde que eu me comporte com as regras de prevenção.
Odilon: Mas o tema é importante. A oportunidade de defender -se.... em vista do novo decreto presidencial, avolumou-se a discussão: "o pobre não tem condições de ter uma arma, logo só beneficia o rico", ou "quer transferir para o cidadão a obrigação do Estado", ou "vai aumentar a violência", ou "o governo deveria investir em Educação ao invés de armar a populacao", e por ai vai... não concordo com nenhum desses pensamentos. Na minha opinião a violência não irá aumentar, talvez tb não diminua, mas há uma possibilidade. Não penso que é uma transferência de obrigação, nem que o governo queira armar a população, tampouco que o pobre não tenha condição de ter uma arma, se tem condições de ter carro, iPhone, churrasco, cerveja... pode ter uma arma se quiser. Mas....
Joaniro: São muitas pessoas preocupadas com a vida alheia que não cuida da sua própria, a cada um fizer sua parte e fiscalizar agir pelo certo, muitos dos problemas de hoje não existiram amanhã. As autoridades competentes deixam muito mais a desejar do que nós cidadãos, mas também temos nossa parcela de culpa e responsabilidade, #NadaMudaSeNadaMudar #SouOqueMeTornei, porque no fundo eu só queria ser o Hulk...
Odilon: O que realmente me chama a atenção é que tudo - críticas, elogios, previsões... se dirigem ao governo, quando, na minha modesta opinião, o problema Criminalidade não está no governo, nem na posse legal ou não da arma, e tb não está na Educação, como muitos insistem. Está na legislação, nas leis excessivas e mal feitas, e principalmente na impunidade.
Joaniro: nisso concordo em gênero e grau com o amigo Odilon.
Odilon: Com arma ou sem arma, com investimento em Educação ou não, com economia forte ou não, com emprego ou não, com oportunidades ou não... a criminalidade só se diminui se houver punição. Sem processos rápidos, sem condenações concretas, sem o fim desses infinitos recursos, sem a Lei ser para todos, sem a Justiça ser conivente com o crime, a criminalidade não irá diminuir.
Joaniro: é talvez sim talvez não, quem sabe? Mas o certo é que tudo muda, todos mudam e não é só está vida só este mundo, existe um mundo espiritual existe uma força algumas leis imutáveis que quer queira ou não elas seguem seu curso e nada nem ninguém as pode mudar, até mesmo o pior ser humano ou o melhor é atingido é influenciado pela mesma, sendo que o bom não precise.
#TudoMuda
Odilon: Mas acredito que a violência de uma forma geral vai diminuir muito nos próximos anos, não pela posse de arma ou investimentos eficientes em Educação, e sim porque o governo atual se mostra interessado em agilizar a Justiça, e o cumprimento da lei. O único empecilho é o Judiciário e o Congresso, ambos com criminosos em suas confortáveis poltronas. Portanto, se desejamos diminuir a criminalidade realmente, esqueçamos o governo, pois ele fará sua parte, e miremos o Judiciário, pois é ali a "praça de alimentação" do crime.
Joaniro: o tempo vai dizer quem é quem, criminosos temos em todo canto todo lugar todos os grupos e se quisermos crescer evoluir precisamos ter atribulações, depois da tempestade vem a bonança.

#éDissoQueEstamosFalando

Joaniro Amancio Pereira

Odilon Gomes

#UmaCoisaÉumaCoisa
#OutraCoisaÉoutraCoisa

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Bolsonaro fora do Brasil

BRASILEIRA QUE MORA NA ESPANHA FALA COMO BOLSONARO É VISTO NA EUROPA.

    Não tens idéia da quantidade de estrangeiros que tenho visto, nas redes sociais, falando positivamente do novo presidente brasileiro e pedindo para o próprio país "um Bolsonaro". Argentinos, irlandeses, espanhóis, franceses, alemães, venezuelanos... até o vídeo do Bolsonaro discutindo com a Maria do Rosário está circulando com legendas em espanhol.
   Os homens  tão maltratados aqui na Espanha pela 'Lei de Violência de Gênero', que coloca-os como culpados, 'a priori', em qualquer caso de violência doméstica  e todas as pessoas cansadas das feministas, aplaudem vivamente.
Eu vejo um fortíssimo descontentamento dos cidadãos de várias nações ao redor do mundo com o tipo de política que se vem fazendo há tantos anos (vi africanos e australianos pedindo um Bolsonaro para seus países). O mundo está mudando. As pessoas estão perdendo o medo de dizer que querem políticas nacionalistas, patrióticas e identitárias em seus países, cansados que estão do menu igualitário da União Europeia e da ONU. Muitos estão despertando, acordando, vendo que é possível e desejável lutar por mudanças como as que ocorreram nos Estados Unidos e no Brasil.
   O significado da eleição do Bolsonaro é incomparável a qualquer outra das eleições de líderes de direita ocorridos nos últimos dois anos depois da chegada do Trump (Itália e Austria), pela enormidade do Brasil  o maior país da América Latina, uma das maiores economias do mundo com todo o simbolismo que representa. Depois do Trump e do Viktor Orban (este, de importância fundamental por ter sido o primeiro governante claramente defensor dos valores ocidentais contra a sopa multicultural globalista e o primeiro a enfrentar, em Bruxelas  a capital da União Europeia , a Angela Merkel e todos os demais chefes de governo europeus alinhados com ela no sentido de destruir as soberanias dos países-membros).
   Bolsonaro é estrela com luz própria, único. Não é, como tanto se diz, "o Trump brasileiro". Bolsonaro é Patriota brasileiro. Odiado por Globalistas e amado por Patriotas do mundo inteiro.
Longa vida a Bolsonaro e a todos os homens e mulheres de boa vontade do nosso país. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos!

Helga Maria Saboia Bezerra / Espanha

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Indicação política

Indicação política

janeiro 11, 2019

#éDissoQueToFalando

Nomeação de apadrinhados testa promessas de Bolsonaro.

Presidente prometeu combater empreguismo durante a campanha eleitoral
Família Bolsonaro emplaca indicações de amigos no governo enquanto filho do vice-presidente triplica salário após promoção em banco público. Pelo Twitter, presidente ironiza críticas.

Jair M. Bolsonaro

@jairbolsonaro

A questão ideológica é tão, ou mais grave, que a corrupção no Brasil. São dois males a ser combatido. O desaparelhamento do Estado, e o fim das indicações políticas, é o remédio que temos para salvar o Brasil.
43.8K
7:38 AM - Oct 2, 2018.

Cinco dias antes do primeiro turno da eleição presidencial de 2018, Jair Bolsonaro afirmou que "o desaparelhamento do Estado" e "o fim das indicações políticas" eram remédios para "salvar o Brasil". A promessa de acabar com o empreguismo e dar preferência para pessoas de perfil técnico foi repetida em entrevistas e na propaganda do então candidato no horário político na TV.

Mas, menos de duas semanas após o seu início, o governo Bolsonaro já vem registrando a mesma prática que foi corriqueira em governos do PT e do MDB: a nomeação de apadrinhados políticos e amigos para cargos burocráticos, alguns deles estratégicos e bem remunerados. Entre os indicados estão amigos do próprio presidente e de seus filhos, da primeira-dama e até o filho do vice-presidente.

O caso que chamou mais atenção envolve Antonio Hamilton Rossell Mourão, filho do vice-presidente da República, Hamilton Mourão. Funcionário de carreira do Banco do Brasil, Mourão Filho foi indicado poucos dias depois da posse do pai a um cargo de assessor especial pelo novo presidente do banco, Rubem Novaes. A nomeação triplicou o salário de Mourão Filho, que ganhava cerca de 12 mil reais por mês na função de assessor empresarial. Com a nova função, seu salário passou para 36,3 mil reais.

O vice-presidente defendeu a nomeação e sugeriu que seu filho não havia subido mais na carreira anteriormente por "perseguição" de gestões anteriores justamente por causa do parentesco. Só que segundo o jornal conservador Gazeta do Povo, Mourão Filho recebeu oito promoções durante gestões petistas. O jornal também apontou que em seu atual cargo, de assessor empresarial, Mourão Filho teria que galgar mais três postos antes de chegar a assessor da presidência do banco sem a necessidade de indicação.

Várias contas de extrema direita de apoio a Bolsonaro nas redes sociais tentaram minimizar a indicação. A tática envolveu divulgar um currículo para supostamente atestar a qualificação de Mourão Filho e até mesmo a disseminação de uma versão mentirosa de que o ocupante anterior do cargo era um petista que ganhava 100 mil reais por mês.

No entanto, mesmo com esse esforço, a nomeação repercutiu mal entre grupos conservadores, como o Movimento Brasil Livre (MBL), e militantes de direita.

"Filho de Vice-Presidente nomeado pra cargo público com salário de 37 mil? Essa não é a 'Nova Era'. Essa é a 'Era Sarney', escreveu no Twitter o apresentador conservador Danilo Gentilli.
As indicações dos filhos

A primeira crise pública do governo Bolsonaro envolveu a indicação de um apadrinhado político. Alecxandro Carreiro não tinha qualquer experiência em comércio exterior, mas foi nomeado no início do mês para a presidência da estratégica Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), um serviço ligado ao Itamaraty para promover exportações brasileiras e atrair investimentos externos. Além disso, segundo a imprensa brasileira, ele mal falava inglês, um requisito para o cargo, e tinha como credenciais acadêmicas passagens por universidades mal avaliadas pelo Ministério da Educação (Mec).

Carreiro conseguiu o cargo ao ter seu nome incluído em uma indicação conjunta apresentada por deputados do PSL e chancelada por um dos filhos do presidente, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). A indicação causou mal-estar entre os funcionários da Apex. A situação piorou ainda mais quando Carreiro começou a demitir vários funcionários antigos para, por sua vez, nomear aliados, sem qualquer período de transição.

Mas Carreiro acabou não durando nem dez dias no cargo. Nesta quarta-feira (09/01), o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, anunciou no Twitter que Carreiro havia pedido demissão. No entanto, Carreiro apareceu para trabalhar no dia seguinte e despachou normalmente, se recusando a abandonar o cargo a não ser que Bolsonaro tomasse a decisão. A confusão – amplamente noticiada – só foi encerrada no final do dia, quando o presidente anunciou a saída definitiva de Carreiro do cargo e a escolha de outro nome.
Segundo diversos jornais brasileiros, o estopim para a saída de Carreiro foi uma crise entre ele e Letícia Catelani, diretora-executiva da Apex. Catelani, por sua vez, foi nomeada para o cargo, que tem salário de 43,6 mil reais, no dia 7 de janeiro por indicação de outro filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Ativista de direita e dona de uma importadora, ela chegou a ser expulsa da Executiva Nacional do PSL em 2018 após atritos com outros dirigentes. Desde então, vinha se aproximando ainda mais do chanceler Araújo e do deputado Eduardo. Em julho de 2018, em uma reportagem da revista Época sobre empresários que apoiavam Bolsonaro, Catelani disse: "Não me vitimizo, acredito na meritocracia." 
Os amigos do casal presidencial

Não foram apenas os filhos do presidente que emplacaram apadrinhados no governo. Uma amiga da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, foi anunciada recentemente para cuidar da Secretaria Nacional das Pessoas com Deficiência, ligada ao novo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Priscila Gaspar é deficiente auditiva e atuou como interprete de libras durante a campanha de Bolsonaro. Ela também frequenta com a primeira-dama a Igreja Batista Atitude, no Rio de Janeiro.

Já o próprio presidente Bolsonaro indicou um amigo para o cargo de gerente executivo de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras.  Carlos Victor Guerra Nagem é funcionário da Petrobras há 11 anos, mas antes dessa indicação nunca havia ocupado cargo comissionado na estatal. No seu currículo também constam passagens pela Escola Naval e duas candidaturas malsucedidas a deputado e vereador no Paraná em 2002 e 2016. Em uma dessas campanhas, contou com o apoio do próprio Bolsonaro, que apareceu em um vídeo afirmando que Nagem era seu "amigo particular".

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, negou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que a indicação de Nagem para o novo cargo tenha motivação política.

Após a repercussão do caso, o presidente da República e um de seus filhos foram às redes sociais rebater as críticas e atacar a imprensa, que destacou a amizade entre Jair Bolsonaro e o indicado.

Numa mensagem no Twitter, o presidente listou parte do currículo de Nagem e disse: "Apesar de brilhante currículo, setores da imprensa dizem que é apenas 'amigo de Bolsonaro'". Logo depois, disse "Peço desculpas à grande parte da imprensa por não estar indicando inimigos para postos em meu governo!"

Um de seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro, também escreveu: "Está decretado pela mídia: Bolsonaro não pode convidar pessoas que ele conheça, capacitadas e obedientes da lei para seu governo! Só inimigos e estocadores de vento!"

Curiosamente, o presidente também apagou parte do teor de uma mensagem em que defendeu Nagem. Na noite de quinta-feira, ele havia publicado no Twitter uma imagem com o currículo do amigo e escrito "A seguir o currículo do novo Gerente Executivo de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras: a era do indicado sem capacitação técnica acabou, mesmo que muitos não gostem. Estamos no caminho certo!"

Pouco mais de quarenta minutos depois, apagou a mensagem e publicou uma nova versão sem o trecho que falava de indicados sem capacitação técnica. "A seguir o currículo do novo Gerente Executivo de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras, mesmo que muitos não gostem, estamos no caminho certo!", escreveu o presidente na nova publicação.

#NãoToFalando

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Globo sonegadora

#PraCaComEsseNegocio

O presidente Jair Bolsonaro acionou a Receita Federal para iniciar a execução da dívida da Tv Globo por meio da justiça federal, referente aos impostos sonegados desde 2002. O Valor chega a mais R$ 358 milhões. A emissora tem 30 dias para efetuar o pagamento sob pena de ter os bens penhorados para o pagamento da dívida e perder a licença de transmissão podendo sair do Ar. O ato foi publicado no Diário Oficial da União nesta terça-feira, dia 08.

A Receita Federal conclui que Globo usou onze empresas em paraísos fiscais para sonegar impostos pela compra de direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2002, 2006, 2010 e 2014. DARF, a ser recolhido por emissora de João Roberto Marinho e seus dois irmãos, é de R$ 358 milhões.

ENTENDA O CASO

As Organizações Globo montaram "uma intrincada engenharia", que envolveu o uso de onze empresas abertas em paraísos fiscais, para sonegar impostos a ser recolhidos em razão da compra dos direitos da transmissão exclusiva da Copa do Mundo. A empresa de João Roberto Marinho e seus dois irmãos procurou "disfarçar" essa aquisição em investimentos em participações acionárias em companhias no exterior. A conclusão está no Termo de Verificação e de Constatação Fiscal, datado de 25 de julho de 2006 e assinado pelo auditor Alberto Sodré Zile. O documento da Receita Federal foi obtido com exclusividade pelo site O Cafezinho, do jornalista Miguel do Rosário, e divulgado nesta quarta-feira 8.

O auditor da Receita federal conclui que foram sonegados impostos a partir de uma base de cálculo de R$ 732,5 milhões. Os Darfs e multas correspondentes a nove operações, feitas desde junho de 2002, correspondem a R$ 358 milhões. O funcionário da Receita apurou que a Globo usou nada menos que 11 empresas em paraísos fiscais no exterior para "disfarçar" a compra dos direitos da transmissão da Copa em participações em companhias estrangeiras. A operação foi qualificada como "de intrincada engenharia" pelo auditor.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Uma semana de governo (direita)

PRIMEIRA SEMANA DE GOVERNO

#MelhorJairSeArrependendo

Governo Bolsonaro luta para mostrar sintonia.

#NãoToFalando

Presidente em sessão de gabinete: desencontro entre membros na primeira semana
Primeira semana dá sinais de falta de coordenação e de um programa claro no gabinete, enquanto presidente, ainda em tom de campanha, atua para aparar arestas. Comunidade internacional olha com desconfiança.

A partir de agora, as meninas vestem rosa, os meninos, azul, disse a nova ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. E o Brasil vai ser finalmente libertado do socialismo, prometeu o presidente Jair Bolsonaro. Em sua primeira semana, o novo governo brasileiro promoveu, acima de tudo, muita polêmica, deixando observadores e as mídias nacional e internacional apreensivos.
Natureza e meio ambiente | 07.01.2019
Política ambiental de Bolsonaro preocupa Alemanha

"É evidente que existem polêmicas, e tem muito espaço na mídia para isso. Mas por enquanto isso não tem grande influência dentro do governo Bolsonaro, pois o tom será dado na economia e na área política", diz o cientista político Ricardo Ismael, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).

"Tivemos uma semana de muita falação, de muita conversa e de poucas medidas de natureza prática", opina o também cientista político Marco Aurélio Nogueira. "Uma primeira semana que mostra uma grande dificuldade de o governo de estabelecer um rumo claro de atuação."

Até meados de 2018, diz o cientista político, nem mesmo o próprio Bolsonaro contava com a vitória nas eleições: "O grupo que dá sustentação [ao governo] é um grupo ainda meio virgem. Uma semana ainda é um tempo curto."
Economia | 04.01.2019
Cinco desafios para Bolsonaro na economia
Contêineres em zona portuária no Rio de Janeiro, com mar e cidade no horizonte

Mas isso não é desculpa para a continuação dos ataques – tão bem-sucedidos na campanha eleitoral – aos adversários políticos, avalia o especialista. "Ao mesmo tempo, o governo não pode fingir que está governando. E não pode ficar em campanha."

Até porque a comunidade internacional olha com desconfiança para o país. Ao lado da possibilidade de os Estados Unidos montarem uma base militar no Brasil, está prevista, sobretudo, a transferência da embaixada brasileira para Jerusalém.

#ÉdissoQueToFalando

"Um verdadeiro desastre", opina Nogueira, apontando que até mesmo a ditadura militar (1964-85) manteve uma política externa o mais neutra possível. "É apenas discurso, mas é uma bobagem que sinaliza uma guinada na política externa brasileira que é muito ruim para o país."

Especialmente preocupantes são as declarações do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, contrário à política multilateral e fã declarado do presidente americano, Donald Trump. Enquanto entre os adeptos de Bolsonaro no Brasil ele marca pontos, observadores estrangeiros estão incrédulos.

"Agora, pela primeira vez em muitos anos, a política externa ficou inteiramente capturada pela política interna. Para a afirmação do Estado brasileiro no mundo, é uma tragédia", considera Nogueira.

Também a retirada da alçada da Funai das decisões sobre a demarcação de terras indígenas despertou apreensão internacional. A partir de agora, o responsável pela questão passa a ser o Ministério da Agricultura, dominado pelo lobby ruralista, o que gera temores em relação ao futuro da Floresta Amazônica.
Assuntos relacionados
Jair Bolsonaro

"É claro que enfraquece a Funai", reconhece Ismael. "Mas isso não significa que a população indígena ou as terras indígenas vão ser entregues ao agronegócio. Ainda é precoce tirar qualquer conclusão."

#UmaCoisaÉumaCoisa #OutraCoisaÉOutraCoisa

Reina também incerteza em torno da urgentemente necessária reforma da Previdência. De fato, Bolsonaro defendeu na primeira semana do ano a idade mínima de 57 anos para mulheres e 62 anos para homens. Mas possivelmente isso não passou de um balão de ensaio para o presidente testar as reações, supõe Nogueira.

Segundo Ismael, da PUC-RJ, Bolsonaro tem duas tarefas-chave a cumprir: aquecer logo a economia e assegurar o apoio do Congresso. "O discurso de posse do ministro da Economia, Paulo Guedes, foi muito bem recebido pelos mercados, a bolsa subiu e o dólar caiu", observa.

Ao mesmo tempo, o partido de Bolsonaro foi inteligente em confirmar apoio ao atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, na reeleição em fevereiro, evitando, assim, uma possível derrota de sua base parlamentar, diz o cientista político. "Nessas duas áreas, na economia e na política, as notícias foram positivas."

Na opinião do cientista político, é até mesmo do interesse de Bolsonaro que em outros setores dominem as polêmicas de grande efeito midiático. Como sabe ter a imprensa contra si, ele precisa seguir apostando no confronto ideológico nas redes sociais, a fim de aumentar a pressão sobre seus adversários políticos. "Ele tem de manter acesa essa mobilização, e para isso precisa dessas palavras de ordem que sua base social conhece."

Nogueira questiona se a atividade governamental normal será viável em tal clima de polarização. "A única coisa clara que o governo manifestou foi a sua confusão. A falta de um programa claro, a falta de coordenação dentro do governo. Quem vai coordenar, quem serão as vozes autorizadas, e quem vai funcionar como elemento de moderação?", diz. "Nem Bolsonaro consegue se comportar como presidente, deixando dúvidas sobre a linha que o governo vai seguir."

#MorteAosPoliticosCorruptosDoBrasil

#PerdemosAchanceDeMatar

#PoliticosCorruptos

sábado, 5 de janeiro de 2019

Decreto

Eleito com mais de 57,7 milhões de votos, Jair Bolsonaro vai ser empossado nesta terça-feira, 1º, às 16h, no Congresso Nacional, como o 38.º presidente da República do Brasil. Aos 63 anos, Bolsonaro, filiado ao PSL, chega ao posto máximo do País após um ciclo de 22 anos de hegemonia do PSDB e do PT no Executivo federal. Nascido em Glicério (SP), o deputado federal fluminense por sete mandatos vai suceder a Michel Temer (MDB), que assumiu em 2016 na esteira do impeachment de Dilma Rousseff. 

Transformar o capital eleitoral em apoio parlamentar se impõe como desafio para o novo presidente, que se elegeu com um discurso disruptivo, antissistema, antipolítica e antipartidos. 

Mas Bolsonaro vai necessitar de uma consistente base no Congresso para aprovar a maioria das promessas de campanha. Ao receber a faixa presidencial de Temer, ele receberá também um País melhor do que o seu antecessor encontrou. A economia, ainda que timidamente, voltou a crescer. O desemprego apresentou leve queda. A recuperação econômica, contudo, ainda depende da aprovação de reformas. A da Previdência vai ser apresentada em fevereiro e seu avanço é tratado como prioridade dos primeiros seis meses. 

Os primeiros seis meses são considerados decisivos. Bolsonaro aposta nos dois principais nomes de sua equipe: Paulo Guedes, no Ministério da Economia, e Sérgio Moro, na Justiça e Segurança Pública. O ideário liberal de Guedes, no entanto, ainda é visto com resistência no Congresso. Bolsonaro chega ao poder sustentando o discurso contra as práticas do “toma lá, dá cá”, criticadas por ele na campanha e condenadas por Moro na Lava Jato. Além dos dois “superministros”, o capitão da reserva do Exército formou um gabinete ancorado também em oficiais das Forças e terá como vice o general Hamilton Mourão.

A eleição de Bolsonaro impulsionou os filhos nas urnas. Eduardo, o mais novo dos três irmãos políticos, foi reeleito deputado federal com a maior votação da história do País. O primogênito, Flávio, conquistou uma vaga ao Senado, mas viu seu nome no centro do episódio do Coaf.

Alvo de um atentado a faca durante a campanha, o novo presidente prometeu no discurso da vitória pacificar do País, mas seus subordinados mantêm o radicalismo nas redes sociais em temas como diplomacia internacional e questões morais.

Expediente do decreto

Sob o argumento de que é preciso construir “um novo Brasil”, com menos Estado e mais produtividade, o presidente Jair Bolsonaro usará o expediente do decreto, logo nos primeiros dias de governo, para mudar portarias ministeriais, instruções normativas e até resoluções, sem passar pelo crivo do Congresso. As medidas atingem praticamente todas as áreas – do meio ambiente à indústria e comércio, da segurança pública à habitação – e vão além do pente-fino anunciado na semana passada para promover a revisão de atos praticados pela equipe de Michel Temer.

“O nosso compromisso é tirar o governo do cangote dos cidadãos”, disse aoEstado o novo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. “Desfazer a burocracia não depende do Congresso. Só depende da canetada do presidente.”

O núcleo duro do governo Bolsonaro está preparando um pacote de iniciativas que, no diagnóstico de Onyx, terão como meta “simplificar a legislação existente e favorecer a atividade econômica, do pequeno ao grande empreendedor”.

História. O gabinete presidencial já está preparado para Bolsonaro, que deve despachar em mesa utilizada por Juscelino Kubitschek Foto: Dida Sampaio/Estadão

A adoção do modelo de decretos para assegurar a rápida entrada em vigor dos projetos de interesse do Palácio do Planalto – e revogar iniciativas vistas como “obstáculo” ao crescimento – começou a tomar forma a três dias da posse de Bolsonaro. No sábado, ele postou mensagem no Twitter anunciando que pretende garantir, por decreto, a posse de arma de fogo para quem não tiver antecedentes criminais. Mudanças em questões envolvendo o Código Florestal também estão na mira do Planalto, mas ainda não há detalhes sobre o que será apresentado.

O novo vice-presidente, general Hamilton Mourão, avalia que o governo precisa aproveitar o capital político dos primeiros seis meses da gestão – período conhecido como “lua de mel” – para investir na comunicação com a sociedade e “traduzir” medidas até agora consideradas amargas, como a reforma da Previdência.

Bem humorado, o general chegou a citar o personagem Giovanni Improtta, bicheiro que fez sucesso na novela Senhora do Destino, para definir a necessidade de urgência no encaminhamento das propostas. “O tempo ruge e a Sapucaí é grande”, afirmou ele, caindo na gargalhada.

As alterações no sistema de aposentadoria são classificadas como essenciais para a busca do equilíbrio das contas públicas e para transmitir aos investidores a mensagem de austeridade fiscal. “Mas, se nós não ganharmos a opinião pública, o Congresso vai nos criar caso”, admite Mourão. A reforma tributária é outra mudança que está entre as prioridades, mas deverá ficar para uma segunda etapa.

Nos bastidores, até mesmo aliados de Bolsonaro, porém, veem o prazo de 180 dias como “limite” para que o governo faça “concessões” aos partidos, sob pena de ter sua vida transformada em um inferno na Câmara e no Senado.

Na prática, embora o presidente tenha traçado diretrizes para os primeiros cem dias – com foco na redução do déficit público e melhoria do ambiente de negócios, além da promessa de cortar 30% dos cargos comissionados –, a tendência é que haja entraves no Congresso. Uma proposta de emenda à Constituição (PEC) como a da reforma da Previdência, por exemplo, precisa do aval de 308 deputados e 49 senadores, em dois turnos de votação. Para piorar o quadro, a bancada do PSL de Bolsonaro já chega à nova legislatura rachada e há muitos insatisfeitos no caminho.

Teste. O primeiro teste da nova direção do Planalto no Congresso será a eleição para o comando das duas Casas, marcada para 1.º de fevereiro. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia(DEM-RJ), disputa novo mandato, mas não tem o respaldo do PSL.

O governo também fará tudo para derrotar Renan Calheiros (MDB-AL), candidato à presidência do Senado. Em conversas reservadas, interlocutores de Bolsonaro afirmam que Renan não inspira confiança porque tem “canal direto” com o PT.

“Eu defendo candidatura própria do PSL na Câmara e no Senado ainda estamos discutindo”, afirmou o deputado Major Olímpio (PSL-SP), que é senador eleito. “Só digo o seguinte: se o Bolsonaro continuar esticando a corda, o Rodrigo será reeleito com apoio da esquerda e entregará o recibo para quem o ajudou na campanha”, resumiu o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), um dos líderes da bancada evangélica.

Maia jura que não condicionará qualquer acordo com o PSL à pauta da Câmara, caso seja reconduzido ao cargo. A portas fechadas, no entanto, um integrante do novo primeiro escalão criticou a articulação política de Bolsonaro e não escondeu que teme uma espécie de “revanche” dos descontentes no Congresso.

“Ninguém vai defender mais a agenda econômica de Bolsonaro do que eu”, disse Maia ao Estado. “Eu acredito e vou defendê-la onde eu estiver. Estão criando interpretações que não existem.”

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Jair pode ser Trump


A imprensa estrangeira, em geral, adotou duas posturas acerca da posse de Jair Bolsonaro.

Parte ignorou, parte recorreu aos surrados chavões como "ultradireitista" para se referir ao novo presidente.

A rede americana CNN aproveitou a posse para tirar uma casquinha do presidente dos EUA, de quem é adversária, chamado Bolsonaro de "Trump dos trópicos".

Afinal, há alguma semelhança entre os dois presidentes?

Empossado, Bolsonaro pode ser um Trump?

Há muitas formas de encarar a questão.

Antes de mais nada, porém, é preciso analisar o que Trump está fazendo pelos EUA.

Especialmente, é preciso entender como vai a economia.

Confira as breves análises a seguir sobre a economia dos EUA na era Trump:

"Começando pelo mais importante e tradicional índice que mede o desempenho das principais ações americanas desde 1896, o Dow Jones Industrial Average, temos durante o governo Trump uma sucessão de recordes de tirar o fôlego . (...) Durante os oito anos de Obama, o índice patinou e nunca passou dos 20 mil pontos, uma barreira rompida logo no início do governo Trump e que se mantém até hoje, com picos próximos dos 25 mil."

Agora veja a análise da questão do emprego:

" Os Estados Unidos têm um índice abaixo de 4%, o que os economistas chamam de 'pleno emprego'. (...) Os números para o desemprego entre latinos são os mais baixos em 17 anos. Já entre negros, os mesmos índices são os mais baixos da história."

E mais esta:

"Quando se coloca uma lupa nos números de emprego, é impossível não se sentir otimista. O salário médio por hora aumenta consistentemente. Novas vagas são criadas numa velocidade estonteante. "

A análise é de Ana Paula Henkel, analista de política e esportes e já motivou dezenas de comentários.

Jogadora de vôlei profissional, ela disputou quatro Olimpíadas pelo Brasil, migrou para os Estados Unidos há dez anos e hoje estuda Ciência Política na Universidade da Califórnia.

Ana Paula contesta -- com números -- a versão que a esquerda tenta construir sobre Trump.

Ela faz parte de um timaço de especialistas convidados para produzir prognósticos exclusivos sobre 2019.

Em áreas como política doméstica, política internacional, Judiciário e combate à corrupção, entre outras.

Esses especialistas procuraram responder a uma questão fundamental dos nossos leitores: o que esperar do ano que se inicia hoje? Como se preparar para o que virá?

#ÉissoFalouFoiDitoEstaFalado

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Quando Jair vai agir como presidente?

#PraCaComEsteNegocio

Bolsonaro continua em modo de campanha.

Ao tomar posse, novo presidente ficou devendo o grande gesto de reconciliação social. Em vez disso, se rendeu novamente ao conhecido discurso do "nós contra eles", escreve o colunista Thomas Milz

"Reafirmo meu compromisso de construir uma sociedade sem discriminação ou divisão", disse Jair Messias Bolsonaro na terça-feira (01/01), em sua posse como 38º presidente do Brasil. Mas não devemos nos iludir. O ex-militar de ultradireita e membro de longa data do baixo clero da Câmara dos Deputados, que recebeu mais de 55% dos votos no final de outubro, não amadureceu de um dia para o outro como "estadista".
Pelo contrário. Diante de um Congresso reunido em sua homenagem, de líderes estrangeiros e de cerca de 100 mil apoiadores, Bolsonaro voltou a operar no bem conhecido modo de campanha eleitoral. Neste dia, disse o novo presidente, o povo começa a se libertar do socialismo. Os socialistas, às vezes chamados de comunistas ou marxistas, são, no seu mundo, todos aqueles que discordam dele. E aqueles a quem ele quer impedir, com a ajuda de Deus, de destruir o mundo cristão.
Entretanto, o Brasil jamais foi governado por tais forças sinistras. Mesmo o esquerdista Partido dos Trabalhadores, que governou entre 2003 e 2016, não ousou tocar nos centenários privilégios das elites. O Brasil continua sendo um dos países mais desiguais do mundo, graças à sua mistura de capitalismo predatório e clientelismo. A questão sobre se Bolsonaro está consciente desses pontos de atrito social e se pretende fazer algo a respeito como presidente continua nebulosa, mesmo depois de seus dois aclamados discursos de posse desta terça-feira.
Bolsonaro é o primeiro presidente desde o retorno à democracia, em meados dos anos 80, que está politicamente mais à direita do que o já extremamente conservador Congresso Nacional. Observadores esperavam, por isso, que ele moderasse seu discurso e que se aproximasse do centro político. Mas até agora não há indícios de que isso vá ocorrer. Talvez ele esteja se orientando mais uma vez no seu ídolo político Donald Trump e se prepare para um confronto com o Congresso. De qualquer forma, é preocupante que muitos deputados aparentemente tenham preferido manter distância da cerimônia de posse.
E o Brasil não tem como suportar um bloqueio. Os governos federal, estaduais e municipais estão à beira do colapso financeiro. Bolsonaro tem que agir rápido aqui. "It's the economy, stupid" – se a economia vai bem, sua presidência também vai bem. Ou não. Apesar dos buracos orçamentais, Bolsonaro prometeu aliviar empregadores e empregados. Mas como isso deverá funcionar, é ainda uma incógnita.
Além disso, ele também distribuiu advertências contra seus adversários políticos. Atribuiu o atentado que sofreu no início de setembro a dúbios "inimigos da pátria, da ordem e da liberdade". Mas até agora os investigadores atribuem o crime apenas a um agressor mentalmente desequilibrado; não há evidência alguma de ter sido um ato politicamente motivado ou mesmo que tenha havido participação de indivíduos do campo político oponente.
Bolsonaro não parece estar disposto a uma reconciliação com a oposição. Ele terminou seu discurso com seu famoso slogan "nossa bandeira jamais será vermelha". E aí, ele acrescentou ainda uma estranha frase cujo significado provavelmente ainda será por muito tempo motivo de reflexão por parte dos observadores políticos em Brasília. "Só será vermelha se for preciso nosso sangue para mantê-la verde e amarela."

Publicação de: Thomas Milz saiu da casa de seus pais protestantes há quase 20 anos e se mudou para o país mais católico do mundo. Tem mestrado em Ciências Políticas e História da América Latina e, há 15 anos, trabalha como jornalista e fotógrafo para veículos como o Bayerischer Rundfunk, a agência de notícias KNA e o jornal Neue Zürcher Zeitung. É pai de uma menina nascida em 2012 em Salvador. Depois de uma década em São Paulo, mora no Rio de Janeiro há quatro anos.

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Posse presidencial

#ÉdissoQueToFalando

Repórteres não puderam circular livremente em cerimônia. Equipes estrangeiras protestaram e jornalistas relataram que veículos alinhados com Bolsonaro receberam privilégios.

A posse de Jair Bolsonaro nesta terça-feira (01/01) parece ter sido uma indicação de como deve ser conflituosa a relação entre a grande imprensa – tanto a brasileira quanto a estrangeira – e o novo governo. Pela primeira vez em uma posse desde a redemocratização, jornalistas sofreram severas limitações para realizar a cobertura da cerimônia.

Mais de mil jornalistas se deslocaram para cobrir o evento, entre eles mais de 150 profissionais estrangeiros.

Ao longo do dia, a circulação de profissionais foi restrita a um único local. Desta vez, a organização distribuiu credenciais aos jornalistas seguindo uma rígida divisão de setores onde iriam ocorrer diferentes etapas da posse. Jornalistas que receberam credenciais para assistir ao juramento no Congresso, por exemplo, não puderam ir ao Palácio do Planalto ou ao Itamaraty. Em cerimônias anteriores, a circulação dos jornalistas foi livre entre os prédios.

Vários profissionais também se queixaram do cronograma imposto à imprensa. Os profissionais credenciados tiveram que se dirigir ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), quase oito horas antes do início da posse. De lá, ônibus transportaram os jornalistas para diferentes locais da posse de acordo com a credencial concedida.
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Membros da assessoria do Planalto também advertiram que os jornalistas não deveriam fazer movimentos bruscos, afirmando que qualquer movimento suspeito poderia levar um atirador de elite e a abater o "alvo”. Os profissionais ainda foram impedidos de levar água e alguns tipos de alimento, como frutas inteiras.

Segundo uma jornalista da Folha de S.Paulo, a organização justificou a proibição alegando que as frutas poderiam ser arremessadas. Já a revista Piauí relatou que alguns profissionais tiveram que morder suas frutas para provar que não estavam "envenenadas”. A revista também informou que repórteres fotográficos com credenciais para o Congresso foram obrigados pela polícia do Senado a fazer suas refeições em banheiros.

O cerimonial também proibiu que garrafas d'água fossem levadas. Inicialmente, a organização informou que todos os locais teriam água disponível, mas vários jornalistas que esperaram longas horas relataram no Twitter que esse não foi o caso em todos os prédios e espaços.

Jornalistas credenciados para o Itamaraty - onde estava previsto um coquetel com líderes estrangeiros, no final do dia - ficaram confinados por horas em uma sala sem janelas e sem poder acompanhar o restante da posse. O evento no Itamaraty estava previsto para começar apenas às 19h, doze horas após a convocação no CCBB. A organização também determinou que, quando o evento no local finalmente tivesse início, os jornalistas ficassem em um espaço separado, sem poder entrevistar os convidados.

Segundo o jornal Correio Braziliense, uma equipe da emissora francesa France 24 se queixou do cronograma e das condições impostas, que impediam que fossem feitas imagens da população na Esplanada. Os franceses acabaram deixando o local. Em seguida, o mesmo foi feito por um jornalista argentino  da agência chinesa Xinguan.

Em outros prédios, jornalistas também se queixaram das condições. No Congresso, segundo o jornal Folha de S.Paulo, os jornalistas que tiveram que aguardar sete horas no local não contaram com cadeiras. Dezenas tiveram que se sentar no chão. Alguns correspondentes estrangeiros acabaram deixando o local. Outros jornalistas se queixaram de não ter acesso à água e que as idas ao banheiro eram restritas. O comitê de imprensa também permaneceu fechado por ordem da organização.

No Palácio do Planalto, jornalistas credenciados para o local foram impedidos de interagir com membros do novo e do velho governo.

"Cubro posse desde o general João Figueiredo. Nunca houve nada tão restritivo. Naquela época, eu era uma jovem jornalista e tive acesso a vários pontos da cerimônia, circulei, fui convidada para o jantar de gala porque era responsável pela cobertura do Itamaraty. Lá pude falar com os novos ministros”, escreveu Miriam Leitão, colunista do jornal O Globo. Ela também disse que o uso de regras de segurança para impor tais restrições aos jornalistas "é um perigoso precedente”.

Dias antes da posse, a distribuição de credenciais para as centenas de jornalistas que apresentaram pedidos já havia causado problemas para os jornalistas. A rede francesa France 24 – que foi mandada para a sala sem janelas no Itamaraty – havia solicitado originalmente um credencial para a Praça dos Três Poderes. O jornal El País também relatou que recebeu credenciais para locais diferentes daqueles que haviam sido solicitados.

Paralelamente, houve relatos de que jornalistas militantes de veículos e grupos pró-Bolsonaro tiveram tratamento privilegiado durante a posse, conseguindo acesso a locais que foram negados para jornalistas de veículos tradicionais. Segundo um jornalista do Correio Braziliense, os simpatizantes de Bolsonaro exibiam um pin na roupa que permitia livre acesso. O El País também informou que jornalistas alinhados com o novo governo receberam credenciais "VIP”.

Um desses veículos pró-Bolsonaro chegou até mesmo explicitar orgulhasamente em mensagem publicada no final de dezembro no Twitter que “algumas mídias” tiveram “livre acesso” em todos os locais. Ao longo do dia, militantes do mesmo veículo pró-governo publicaram um vídeo negando que  a imprensa  estava sofrendo restrições, apesar das dezenas de relatos e das várias reportagens que comprovavam os problemas.

Alguns jornalistas credenciados para atuar em espaços abertos, como a Praça dos Três Poderes, também sofreram com a hostilidade de apoiadores de Bolsonaro que foram acompanhar a posse. Vários jornalistas foram chamados de "comunistas” e alvos de ofensas. Os apoiadores também gritaram palavras de apoio à Rede Record, a emissora do bispo Edir Macedo, que apoiou ativamente o novo presidente abertamente durante a campanha eleitoral.

As limitações ao trabalho da imprensa foram alvos de protesto do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal (SJPDF) e da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

"Um governo que restringe o trabalho da imprensa ignora a obrigação constitucional de ser transparente. Os  brasileiros receberão menos informações sobre a posse presidencial por causa das limitações impostas à circulação de jornalistas em Brasília”, declarou a Abraji no Twitter.

Antes da posse, o SJPDF já havia se queixado das condições impostas aos jornalistas. O sindicato havia frisado que não é novidade que a cerimónia de posse ocorra, em diferentes momentos, em diferentes pontos da Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes, mas, "pela primeira vez, os jornalistas credenciados não poderão transitar entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, num ato claro que limita a livre atuação da imprensa".

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